quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Poesia de quinta

por Deíla Maia (de São Luis-MA)

Pessoal,

O ano de 2010 está começando super bem para mim. Tantos planos, novos projetos, novidades...Para combinar com este momento, de “reinvenção da realidade”, escolhi este lindo poema da Cecília Meireles, que consta no livro “Flor de poemas”. Quando eu leio esta poesia me sinto tão leve, sem algemas, andando por entre as nuvens (nefelibata kkkkk em homenagem ao Ferd). Ofereço esta poesia para uma mulher que teve que se reinventar várias vezes (e continua se reinventando até hoje)... Esta poesia tem tudo a ver com ela também. Com carinho, para a minha amiga Viraneide.

Beijos
reinventados

Deíla


REINVENÇÃO
Cecília Meireles

A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinase passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas. . .
Ah! tudo bolhas
que vêm de fundas piscinas
de ilusionismo... – mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentirada lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcança...
Só - no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só - na trevasfico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural.

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