quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Poesia de Quinta

Pessoal,

Esta escola da Poesia Concretista já tem mais de 50 anos no Brasil e ainda assim continua sendo vanguarda. 
Tem gente que não gosta muito deste tipo de poesia, pois acham que se afastam do âmago poético, do lírico...
Eu gosto. Acho poesias extremamente criativas, que pensam na palavra como um todo, não apenas no significado poético, mas também na forma, no espaço que as palavras tomam, na luz, cores etc. 
Envio hoje um exemplo de poesia concretista para vcs. 
Espero que gostem. 

Beijos

Deíla

PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural. 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Poesia de Quinta

Pessoal, 

Entrando na onda destas revoluções populares que estão começando a ocorrer nos países árabes (Tunísia, Egito e outros vão entrar também nesta lista), a poesia de quinta de hoje é de um poeta português que faz uma interessante reflexão sobre o assunto. 
Espero que gostem. 

Deíla 

PORQUE O POVO DIZ VERDADES 
Antonio Aleixo

Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.
Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gemea da preguiça.
Mais asquerosa que o lixo.
Já o escravo se convence
A lutar por seu prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugat ao sol!

PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural. 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Poesia de Quinta

Pessoal, 

Semana passada foi meu aniversário e ganhei de presente esta linda poesia, lá do Rio de Janeiro, que gostaria de compartilhar com vcs. 

O autor é o meu amigo e duplamente colega, médico e advogado, aliás, triplamente (kkkkk), pois ele é tb poeta, e nós dois, coincidentemente, nascemos na mesma data (06 de fevereiro). Não é demais?

Espero que gostem. Eu ADOREI, Roberto. 

Ah, semana passada eu me equivoquei com a numeração. Coloquei novamente 116, quando o correto seria 117. Obrigada, Franklin, por ter observado isso e me avisado. 

Beijos

Deíla

AQUARIANOS

Roberto Lana

Os aquários costumam
ser transparentes, brancos,
fluidos, aquáticos,
porém não apáticos,
porque neles nadam peixes,
seus únicos habitantes,
que tem asas nos pés
e lhes agrada
estarem sempre em movimento
em busca de alimento,
e as mudanças bruscas
de sentido e sem sentido
fazem sentido
como neles se inspirassem
todos os aquarianos
como você e eu...

PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural. 

REUNIÃO DA ASDECON NA QUINTA-FEIRA 10

Olá pessoal,
Estou lhes lembrando da nossa reunião amanhã dia 10/02/2011, na
residência da sócia Natalice, às 19h30min.
Aguardo a presença de todos.

Uma abraço

Elizete Sardinha Waughan
Diretora de Secretaria da Asdecon

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Poesia de Quinta

Pessoal,

Hoje vou trazer para vcs um poeta novo, que eu aposto que vcs já conhecem como músico (ex-Titãs): Arnaldo Antunes.
A poesia dele, à primeira vista, pode parecer meio "non-sense", boba, sem sentido mesmo. Mas se formos parar para pensar, não é assim.
O primeiro livro dele que eu li foi "As coisas" e lembro que quase morrir de rir das loucuras dele.
Por outro lado, acho que ele é muito criativo, inventivo, inovador.
Vou mandar uma bem característica do estilo meio louco dele. Leiam. Aposto que primeiro voces vao pensar: "Que bobagem!". Aí leiam de novo e reflitam. Vão ver que é mais profundo do que se pensa.
Na minha leitura, esta poesia aparentemente simplória, faz uma reflexão sobre o materialismo, o apego aos bens, ao dinheiro etc., que não conduz à paz interior. Realmente, as coisas têm muitas coisas (como ele enumera na poesia), mas não têm o mais importante (PAZ).
Espero que gostem.

Beijos

Deila

AS COISAS
Arnaldo Antunes

As coisas têm peso,
 massa,
 volume,
 tamanho,
tempo,
 forma,
 cor,
 posição,
 textura,
duração,
 densidade,
 cheiro,
 valor,
consistência,
 pro-fundi-dade,
contorno,
 temperatura,
 função,
aparência,
 preço,
destino,
 idade,
 sentido.
 As coisas não têm paz.

PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural.