A Poesia de Quinta de hoje é muito gostosa de ler, leve e criativa. São dois poeminhas de Mário Quintana sobre o mesmo assunto: o verso.
Elas falam sobre o processo de criação dos versos, de como é algo lúdico, natural, sem muito controle.
Ofereço a poesia de hoje ao meu amigo "viajante" e "filosofante" (olha o neologismo!!!) das poesias de quinta, meu querido Cleyton.
Beijos
Deíla
O Verso
Mário Quintana
O verso é um doido cantando sozinho.
Seu assunto é o caminho. E nada mais!
O caminho que ele próprio inventa..
Eu faço versos como os saltimbancos
Desconjuntam os ossos doloridos.
A entrada é livre para os conhecidos...
Sentai, Amadas, nos primeiros bancos!
Sobre os velhos tapetes estendidos...
Olhai o coração que entre gemidos
Giro na ponta dos meus dedos brancos!
“Meu Deus! Mas tu não mudas o programa!”
Protesta a clara voz das Bem-Amadas.
“Que tédio!” o coro dos Amigos clama.
Digo...e retorço as pobres mãos cansadas:
“Eu sei chorar...Eu sei sofrer...Só isto!
PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário