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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

140 anos: Confederados chegam em Santarém

Cerca de 120 norte-americanos vieram para Santarém


Santarém - ‘Amanhecia e o vento soprava com intensidade abalando a estrutura do navio. Era um dia claro de verão quando o navio Inca aportou no antigo trapiche as margens do Rio Tapajós’. Essa talvez pudesse ser a descrição da chegada dos norte-americanos em Santarém há 140 anos a trás. Mas na época, pouco se deu importância para aquelas famílias que adotariam o Brasil como a sua verdadeira pátria. A chegada dos confederados foi um fato importante para o município de Santarém. Em meio a bagagens e máquinas, os confederados traziam idéias e novas oportunidades para o desenvolvimento de Santarém. De um lado a dor de auto-exilar-se da própria pátria, do outro, o sentimento de mudança. Uns foram para o México e outros vieram para o Brasil. Aqui, eles se espalharam entre o sul do país e a Amazônia. As cidades de Belém e de Santarém foram as escolhidas para recomeçar.


Guerra da Secessão
A Guerra da Secessão custou mais de 600.000 vidas e arruinou a economia Sulista. As marcas permaneceram para sempre. Os estados do sul se rebelaram com a derrota que eles sofreram na guerra civil norte-americana. Com a guerra, além da derrota militar, os confederados foram humilhados pelos soldados nortistas, saqueados em seus pertences e propriedades. Os confederados passaram a rejeitar a sua pátria e sentiram a necessidade de buscar uma outra pátria. Foi quando tudo começou. Liderados pelo major Hasting, que veio a Amazônia para pesquisar o local, uma média de 120 pessoas desembarcaram no ancoradouro de Santarém e passaram a desenvolver aqui tudo aquilo não podiam mais em suas terras, nos Estados Unidos. O grupo de 10 famílias foi formado com o apoio do governo imperial brasileiro.

Navio Inca ancorado em frente ao trapiche municipal.
Foto: Livro ‘Os confederados em Santarém’.


Descendentes
Um dos descendentes dos confederados, Celson Vaughan está em Santarém para participar do evento que marca os 140 anos dos confederados na Amazônia. Ele aprendeu sobre a história de seus antepassados em conversas com as tias e avós. 1ª e 2° Geração da família Jennings. Foto: Livro ‘Os confederados em Santarém’. “Os confederados se instalaram em Santarém e em regiões adjacentes. Eles começaram a desenvolver em prol dessa cidade, das famílias e em prol da região. Os confederados trouxeram máquinas para desenvolver um novo trabalho aqui em Santarém e idéias que foram bem desenvolvidas aqui”, conta.

1ª e 2° Geração da família Jennings. Foto: Livro ‘Os confederados em Santarém’

Agricultura
Os únicos sulistas que restaram se estabeleceram nas serras do Diamantino, Ipanema, Mararu, Taperinha e Piquiatuba, ao sul de Santarém, dedicando-se logo ao plantio da cana-de-açúcar, cacau, e diversos tipos de agricultura. Foram eles que trouxeram para Santarém semente da melancia. Moradia dos norte-americanos. Foto: Livro ‘Os confederados em Santarém’.

Moradia dos norte-americanos. Foto: Livro ‘Os confederados em Santarém’.

Homenagens
Hoje, 140 anos, depois da chegada de seus antepassados em Santarém, os seus descendentes irão resgatar a história da vinda dos colonos sulistas através de uma sessão cívica. O evento acontece no Terminal Turístico de Santarém, onde o Reverendo Richard Thomas construiu o primeiro trapiche municipal. O evento começa a partir das 18h.

Fonte: Juliane Oliveira 17/09/07 às 12h12min http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=11838

4 comentários:

Lidia Jussara disse...

Caro "Von"
Fiquei absolutamente surpresa e encantada em descobrir que posso ser descendente dos confederados de Santarém. Fazendo uma pesquisa para descobrir a origem de minha família paterna, que são de Santarém, pois cresci ouvindo meu pai falar que o meu avô pertencia à família "von Jennings". Nunca soube que dessa parte da história, que é muito interessante. Meu avô, já falecido, chamava-se Euclydes Pereira Jennings, possuía mais dois irmãos, um que chamava-se Manoel Jennings e o terceiro, desconheço o nome. Eram filhos de Benedita Jennings e todos se fixaram em Belém do Pará, onde atualmente vivem vários representantes dessa família. Eu não possuo o sobrenome Jennings, pois meu pai não o adotou, mas , possuo três tios , Fausto Medeiros Jennings, Waldemir Medeiros Jennings e Conceição de Maria Jennings, fora os primos e sobrinhos. Gostaria de saber mais sobre a família "Von" Jennings.
Um abraço! Devo ter muitos primos aí em Santarém!
Lídia Jussara Medeiros Farria

César Jennings disse...

Sou neto da Conceição de Maria Jennings, filho de Sônia M. Jennings

Learning to Learn Languages with Cintia disse...

Eu sou descendente do Reverendo Richard Hennington. :-)
É uma pena que o sobrenome Hennington tenha parado com o meu avô Hinton Henington Portilho Bentes.

Adriana Farria disse...

Oi Lídia certamente temos parentesco ligado ao sobrenome farria ,sou neta da Lina ,ao qual ela sempre me levava na casa de uma tia chamada Lídia , lucilha tio Zé no rio de janeiro em paciência e hunaiba por acaso esses nomes são conhecidos pra você?

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Bandeira da ASDECON

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ASSOCIAÇÃO DOS DESCENDENTES DE CONFEDERADOS AMERICANOS NA AMAZÔNIA

Brasão da família Vaughan

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ESCLARECIMENTO / EXPLICATION

Esclarecemos que em função de erros cometidos por ocasião das escriturações nos cartórios de Santarém, durante os registros de nascimentos, diversas famílias de origem confederada (Wallace, Hennington, Rhome, Pitts, Riker, Vaughan, Jennings, etc...) tiveram seus nomes escriturados de forma errada.
A família VAUGHAN, por exemplo, assumiu algumas formas diferentes de escrituração: Vaughon, Waughan e Wanghon.
Recentemente alguns descendentes da família VAUGHAN e de outras famílias, com o auxílio de advogados e seguindo as árvores genealógicas, efetuaram as correções devidas nos cartórios locais e passaram a escrever corretamente os seus nomes.
Devido a pronúncia do nome VAUGHAN ser diferente da forma que é escrita, alguns descendentes passaram a adotar a denominação de “Von”, mas tão somente para facilitar o entendimento da leitura, sem alterar a forma de registro.

We clarified that in terms of errors committed during the notary records in Santarém, in the records of births, several families of confederates (Wallace, Hennington, Rhome, Pitts, Riker, Vaughan, Jennings, etc ...) had their names entered in wrong. The family VAUGHAN, for example, took a few different ways to book: Vaughon, Waughan and Wanghon. Recentemente VAUGHAN some descendants of the family and other families with the help of lawyers and following the tree, made the necessary corrections in notary places and began to write their names correctly. Due to the pronunciation of the name VAUGHAN be different from the way it is written, some descendants moved to adopt the name of "Von", but only to facilitate the understanding of reading, without changing the way of record.