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terça-feira, 2 de março de 2010

A MULTIMISTURA DA VIDA


A Sociedade de Estudos e Aproveitamento dos Recursos da Amazônia (SEARA), iniciou suas atividades em 1979, em Santarém-PA, voltadas ao atendimento nutricional, pedagógico e social de crianças carentes do município. É uma entidade civil sem fins lucrativos de natureza associativa, tendo como grande idealizadora a doutora Clara Brandão, inicialmente através de convênios com a Legião Brasileira de Assistência (LBA), e posteriormente congregou um grupo de voluntários para fundar a sociedade, que conta com voluntárias trabalhando diretamente com as crianças.

Origem – A SEARA partiu de um levantamento feito em vários bairros periféricos da Santarém que identificou um alto índice de crianças subnutridas de 1º, 2º e 3º graus. Na época, a doutora Clara juntamente com seu esposo chegaram em Santarém procedentes de Goiás, onde tinham iniciado um trabalho nutricional com crianças carentes. Ao verem a situação no município, ficaram preocupados com o grau de desnutrição das crianças santarenas e resolveram dar continuidade ao mesmo trabalho aqui, através da SEARA. Atualmente, um dos principais trabalhos desenvolvidos pela SEARA em Santarém ainda é o beneficiamento de farelo de trigo e de arroz, folha da macaxeira, casca de ovos, plantas, cereais, raízes e etc. (desperdiçados pela maioria da população), que são transformados em alimento alternativo para consumo e que vem dando resultados satisfatórios tanto físico como intelectual, para as crianças subnutridas assistidas pela creche.

Objetivo – A coordenadora da SEARA, Lenice Silva informa que o objetivo principal da sociedade “é trabalhar justamente a parte nutricional das crianças, através da alimentação alternativa e a educação alimentar nas famílias para melhorar e manter as condições de vida e saúde da população”. Segundo ela, outro objetivo da entidade é recuperar ainda a criança desnutrida e tentar levar o trabalho da SEARA a sociedade para com isso melhorar suas condições de vida e saúde do povo. Para isso, Lenice Silva ressalta que a SEARA oferece treinamento sobre alimentação alternativa em vários lugares do Brasil, sempre que é requisitado.
Ela enfoca também que as vantagens do trabalho da SEARA são inúmeras, principalmente porque a alimentação alternativa oferece ao organismo humano um alto valor nutritivo, tem baixo custo, preparo rápido e de fácil acesso. Segundo a coordenadora, para a criança, o alimento oferece nutrientes do grupo das proteínas, das vitaminas e sais minerais e dos energéticos que são necessários para o organismo humano, dando a manutenção a saúde, recuperando o cérebro e o físico, além do fator de Q.I. (Coeficiente Intelectual).

Atendimento – A SEARA atende cerca de 140 crianças de 1 a 5 anos de idade, além de vários monitores mirins, de 8 a 12 anos de idade que foram apanhados nas ruas. Na SEARA as crianças recebem diariamente orientação nutricional, além das atividades pedagógicas e sociais. Segundo a coordenadora, as crianças permanecem na creche por um período de 8 horas e recebem duas alimentações completas e dois lanches reforçados. Ela frisou ainda que o alimento servido para as crianças é o mesmo servido para todos os funcionários, e quase não se usa carne vermelha. Para a criança ingressar na SEARA, Lenice disse que os pais devem comparecer para uma entrevista na entidade e identificar o tipo de vida que a família leva, além da carteira de saúde e o registro de nascimento. Ela disse que nenhum ônus é cobrado.

Manutenção – A SEARA é mantida com recursos oriundos da própria comunidade, além de uma pequena ajuda do governo municipal e outras doações. Todos os funcionários da SEARA são voluntários e ganham apenas uma pequena gratificação mensal.


Biografia da Dra. Clara Brandão
http://www.multimistura.org.br/biografia.htm
O trabalho pioneiro da médica Clara Brandão, fundadora da SEARA, em utilizar a multimistura como complementação alimentar de crianças desnutridas.

A Multimistura surgiu a partir de estudos sobre preparações alimentares regionais para o combate a desnutrição alimentar. Em 1975, a Dra Clara Brandão, especializada em Pediatria e, posteriormente, em Nutrição, iniciou, em Santarém, seus estudos a fim de descobrir uma ação para combater a desnutrição infantil. Com o progresso dos estudos, em 1979, e com a parceria do Projeto Casulo, da LBA (Legião Brasileira de Assistência), criou-se, a Sociedade de Estudos e Aproveitamento dos Recursos da Amazônia, a ONG SEARA, que visava atender crianças desnutridas, com educação e complementação alimentar, utilizando-se da multimistura.

A multimistura foi introduzida na alimentação das crianças em creches e, em quatro meses, percebeu-se os efeitos favoráveis da multimistura, as crianças começavam a se recuperar. Com os resultados positivos o trabalho foi continuado com a SEARA, mesmo depois da extinção da LBA. Rosilda Wanghon ("Von"), membro do Conselho Fiscal da SEARA e que por muitos anos esteve à frente dos trabalhos da associação, recebeu à reportagem e apresentou toda a estrutura física, educacional e administrativa do local.

A multimistura é um princípio básico de nutrição. Atualmente, a SEARA disponibiliza a multimistura em forma de um pó verde. É um complemento alimentar natural, rico em vitaminas e minerais, composto de farelo, pó de folhas verdes escuras, pó de sementes. Das misturas desses componentes se obtém um pó que é utilizado diretamente nas refeições, ou em sucos, batidas de frutas, ou da forma que a pessoa quiser. Dona Rosilda ressalta que o pó só não pode ser cozido, para que não perca seu valor nutricional. "O ideal é colocar a multimistura logo depois da preparação dos alimentos, na hora de servir", explica.

Dona Rosilda ressalta que a multimistura não pode ser vista como 'milagre', mas como uma maneira de suprir o organismo das deficiências de nutrientes, desde que, usada da forma correta, "não como substituição, mas como complementação alimentar".
Ao longo da visita, dona Rosilda mostrou a cozinha e como são manipulados e preparados os alimentos. Como exemplo, a cozinheira, mostrou uma bandeja enorme repleta de folhas verdes (escuras), dentre elas estava a Taioba, planta comumente vista nos quintais, e que estava sendo acrescentada na preparação do almoço do dia. O detalhe que a cozinheira enfatizou foi que a taioba não pode ser consumida crua, tem que passar por, pelo menos, de 50 minutos de cozimento.
No refeitório, onde as crianças se divertem comendo, há uma organização impecável. Crianças entre 1 a 5 anos aprendem a valorizar o momento, assim como os componentes da refeição.

Dona Rosilda, conta que as crianças que não têm o hábito de comer verduras em casa, resistem nos primeiros dias, mas que ao longo dos meses, "vão absorvendo a ideia de comer verduras".

Ana Carolina Pereira, atual coordenadora do Centro Cultural João de Barro (creche SEARA) conta que o trabalho da creche, funciona com o objetivo de tirar as crianças da desnutrição. São 140 crianças atendidas vindas de 10 bairros: Uruará, Área Verde, São José Operário, Santana, Prainha, Livramento, Jutaí, Diamantino, Mararu e Centro.As crianças atendidas têm entre 1 e 5 anos e ficam no centro por um período de 3 anos, no máximo, até saírem do quadro de desnutrição. Além disso, ela conta que a instituição visa trabalhar a educação alimentar de toda a família, de uma forma saudável e barata."Nós tentamos mostrar para cada mãe que é possível comer bem com pouco dinheiro, através do aproveitamento completo do alimento regional", explica.

Conheça a multimistura
A multimistura é vendida em porções de 200 gramas a um preço de R$ 3,00 e pode durar 20 dias, se consumido nas refeições diárias. O uso de 1 colher em cada refeição é suficiente para a reposição dos nutrientes.

Dona Rosilda (na foto, ao centro) dá ênfase à utilização da macaxeira por completo. O uso das raízes, mais consumida popularmente e, sobretudo, das folhas que são riquíssimas em vitamina A e Ferro. Em comparativo com a alface, por exemplo, a folha de macaxeira (mandioca) possui 1960 mg contra 87 mg da alface de vitamina A; e de ferro a folha de macaxeira possui 7,6 mg contra 1,3 da alface.Esse complemento promove o crescimento (dentro e fora do útero); aumenta a resistências às infecções; previne e cura anemias nutricionais; diminui as diarréias, diminui as doenças respiratórias e mantém a saúde.

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Bandeira da ASDECON

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ASSOCIAÇÃO DOS DESCENDENTES DE CONFEDERADOS AMERICANOS NA AMAZÔNIA

Brasão da família Vaughan

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ESCLARECIMENTO / EXPLICATION

Esclarecemos que em função de erros cometidos por ocasião das escriturações nos cartórios de Santarém, durante os registros de nascimentos, diversas famílias de origem confederada (Wallace, Hennington, Rhome, Pitts, Riker, Vaughan, Jennings, etc...) tiveram seus nomes escriturados de forma errada.
A família VAUGHAN, por exemplo, assumiu algumas formas diferentes de escrituração: Vaughon, Waughan e Wanghon.
Recentemente alguns descendentes da família VAUGHAN e de outras famílias, com o auxílio de advogados e seguindo as árvores genealógicas, efetuaram as correções devidas nos cartórios locais e passaram a escrever corretamente os seus nomes.
Devido a pronúncia do nome VAUGHAN ser diferente da forma que é escrita, alguns descendentes passaram a adotar a denominação de “Von”, mas tão somente para facilitar o entendimento da leitura, sem alterar a forma de registro.

We clarified that in terms of errors committed during the notary records in Santarém, in the records of births, several families of confederates (Wallace, Hennington, Rhome, Pitts, Riker, Vaughan, Jennings, etc ...) had their names entered in wrong. The family VAUGHAN, for example, took a few different ways to book: Vaughon, Waughan and Wanghon. Recentemente VAUGHAN some descendants of the family and other families with the help of lawyers and following the tree, made the necessary corrections in notary places and began to write their names correctly. Due to the pronunciation of the name VAUGHAN be different from the way it is written, some descendants moved to adopt the name of "Von", but only to facilitate the understanding of reading, without changing the way of record.