Pessoal,
Ontem foi o Dia do Advogado, e como eu também sou advogada, não poderia deixar esta data passar em branco.
Existem muitos poetas advogados... É uma espécie de tradição até, o gosto pela literatura, pela poesia. Até porque nós trabalhamos com as palavras. Daí, passar da prosa séria para a poesia lúdica é apenas um pequeno passo.
Encontrei um site bem interessante: Sociedade de Poetas Advogados, de Santa Catarina. Adorei a sigla: SPA!!! Que me remete a descanso, relaxamento, pausa para cuidar de si... Se bem que, na verdade, eu nunca fui a um spa. Meus amigos gordinhos e gordinhas, por outro lado, já me disseram que lá mais parece um campo de concentração nazista, tão pouca é a comida e tamanhos os exercícios físicos que são obrigados a fazer... kkk Bem, prefiro a minha primeira concepção de SPA. Tem mais a ver com a questão da poesia...
Segue abaixo o link do site, para vocês apreciarem depois, com calma. Tem várias poesias ótimas!!!
http://www.poetasadvogados.com.br/Esta Poesia de Quinta de hoje está recém-saída do forno. Foi feita ontem mesmo, no nosso Dia do Advogado, pelo poeta e advogado Paulo Gondim, de Santa Catarina. Traz uma boa reflexão sobre nossa realidade social.
Vou dedicar a Poesia de Quinta de hoje a todos os advogados, mas em especial, ao Nunes, que é um dos que mais trabalha para fortalecer e dinamizar a nossa classe, aqui no Maranhão.
Beijos
Deíla
ESPECULAÇÕES
Paulo Gondim 11/08/2010
Eu não vivi para ver isto
Ideologias serem negociadas
Adolescentes serem explorados
Crianças perdidas e abandonadas
Eu não nasci para ser um a mais
Apenas pessoa sem futuro
Eu não entendo tanta gente alienada
Desconfiada em cima do muro
Muitas vezes eu quis morrer
De vergonha de tanta impunidade
Meus conceitos se perderam no tempo
Eu nem sei mais a que grupo pertenço
Se meus interesses bateram de frente com a realidade
A frustração foi a paga de tudo o que eu penso
E o menino bom foi tragado pela maldade
Ah, o tempo é cruel. O tempo é imparcial
O tempo leva tudo, para o tempo não tem bom nem mau
Eu nuca pensei ver a vida com tanta ferocidade
A vida, hoje, me parece fria, implacável...
Ela não perdoa tropeço, cobra alto preço
Sua cobrança é mesmo inevitável
E no fim das contas, ela, a vida
Nos põe à prova. Não dá voltas, nos intima
E não quer saber se temos melhor ou pior estima
E como ladrão, nos espera a cada esquina
Com seu maior e peculiar guardião da sorte
Não adianta lugar, seja sul ou seja norte
Haveremos de nos encontrar friamente
De forma traiçoeira, inevitável
Cada um de nós, de frente para a morte
PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural.