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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Imigração estadunidense no Brasil

Bandeira dos Confederados


















A imigração americana no Brasil foi um movimento migratório no final do século XIX e começo do século XX, especialmente nas cidades de Americana e Santa Bárbara d'Oeste, no estado de São Paulo. Somam hoje mais de 50 mil descendentes. No século XXI há imigração americana para o Brasil. Os cálculos variam entre 30 mil - 55 mil pessoas.
Motivos para emigrar
Pintura da Batalha de Gettysburg, a maior batalha ocorrida no continente americano.
Após o fim da Guerra Civil Americana, os confederados se encontraram numa situação econômica muito difícil, tendo seus estados completamente arrasados pela guerra. Não somente a questão econômica, bem como a perseguição e discriminação que se seguiu contra a população confederada, os fez obrigados a buscar uma melhor condição de vida. Essa fuga consistiu no maior êxodo populacional da história dos Estados Unidos.
Ouviram falar do Brasil e das vantagens que o imperador dava a quem soubesse plantar algodão. Antes da guerra, o Sul era o maior exportador de algodão do mundo, exportando para os teares da Inglaterra e da França. O Imperador Dom Pedro II, no vigor dos seus quarenta anos, viu a oportunidade do Brasil entrar no mercado e incentivou a vinda de plantadores de algodão dos estados sulistas americanos para o Brasil.
Amargurados e feridos, os sulistas tinham que fazer surgir das cinzas um pouco de calor para se aquecer. Muitos venderam suas propriedades, juntaram seus pertences e vieram para o Brasil, para uma terra onde não houvesse guerras, nem espezinhamento, nem confisco de bens. Não se sabe ao certo o número de confederados que abandonaram os Estados Unidos e se instalaram no Brasil, mas estimativas variam entre quatro mil a vinte mil confederados.

As companhias de emigração
Antes mesmo do fim da guerra em 1865, já se falava em emigrar para o Brasil, mas muito pouco se sabia sobre este país. Após o fim da guerra, houve tal reavivamento da questão, que foram formadas várias companhias de emigração. Representantes foram mandados para o Brasil para verificar terras, clima e as facilidades oferecidas pelo imperador.
Em Novembro de 1865, o estado da Carolina do Sul formou uma sociedade de colonização e mandou ao Brasil o major Robert Meriwether e o doutor H. A. Shaw, além de outros, para verificar a possibilidade de se estabelecer uma colônia. Na volta, publicaram um relatório mencionando que dois senhores já compraram terras e se estabeleceram aqui. O primeiro, Charles Gunter, estabeleceu-se na região do Rio Doce, no Espírito Santo, que falhou por causa da Malária, e o segundo, o reverendo Ballard S. Dunn, levou seu grupo para Cananéia, onde também fracassou pois as terras não eram apropriadas para o plantio do algodão.
Na mesma época, o Dr. James Fadden Gaston, também da Carolina do Sul, viajou intensamente pela província de São Paulo, e na volta publicou o livro "Hunting a Home in Brazil", para orientação dos colonizadores. O Dr. Gaston estabeleceu um pequeno grupo em Eldorado, não muito longe do reverendo Dunn. Este também fracassou por absoluta falta de mercado para os produtos que produziam.
Os coronéis Mc Mullan e Bower fretaram um veleiro e partiram do Texas com umas 130 pessoas e seus pertences a bordo. Naufragaram em Cuba sem perdas de vidas. Depois de muitos dissabores, chegaram a Iguape, onde Mc Mullan faleceu logo depois. As poucas famílias que se estabeleceram ao longo dos rios não permaneceram por mais de quatro anos, não agüentando a solidão e o isolamento.
O sonho de Dom Pedro de trazer milhares de imigrantes tecnicamente bem capacitados para povoar as vastas regiões desabitadas do Brasil desmoronou. Dos que vieram, uma boa parte retornou aos Estados Unidos. Diversos núcleos chegaram a ser formados e ocupados durante alguns anos, e dos que restaram, alguns ouviram falar que o coronel William Hutchinson Norris estava se dando muito bem em terras além de Campinas. Venderam o que tinham e foram para lá.

O núcleo de Americana e Santa Bárbara
Localização dos imigrantes em Americana e Santa Barbara d'Oeste
Em 27 de dezembro de 1865, o Coronel e senador William Hutchinson Norris, do Alabama, desembarcou no porto do Rio de Janeiro. Em 1866, William e seu filho Robert Norris subiram a serra do mar, pararam em São Paulo e especularam terras. Foram-lhes oferecidas de graça terras onde hoje é o bairro do Brás, mas ele não aceitou pois era brejo. Também lhes ofereceram as terras onde hoje é São Caetano, e recusaram pelo mesmo motivo. Resolveram ir para Campinas, mas na época, a estrada de ferro ia somente 20 quilômetros além de São Paulo, e não era vantagem nenhuma pegá-la, sendo que Campinas fica a 90 quilômetros de São Paulo. Então os Norris compraram um carro de boi e foram rumo a Campinas. Levaram 15 dias para atingir a cidade, e lá ficaram por um tempo procurando terras, até lançarem suas vistas sobre a planície que se estendia de Campinas até Vila Nova da Constituição (atual Piracicaba).
Os Norris compraram terras da sesmaria de Domingos da Costa Machado e estabeleceram-se às margens do Ribeirão Quilombo, na época pertencentes ao município de Santa Bárbara d'Oeste e onde hoje é o centro da cidade de Americana. Logo ao chegar, o Coronel Norris passou a ministrar cursos práticos de agricultura aos fazendeiros da região, interessados no cultivo do algodão e nas novas técnicas agrícolas. O arado que ele trouxe dos Estados Unidos causou tanta sensação e curiosidade que, em pouco tempo, já tinham uma escola prática de agricultura, com muitos alunos que lhe pagavam pelo privilégio de aprender e ainda cultivar suas roças. O Coronel escreveu para sua família que tinha conseguido 5 mil dólares só com isso. Em meados de 1867 chegou o resto de sua família acompanhada de muitos parentes.

Capela do Campo em Santa Barbara d'Oeste.
Inúmeras propriedades agrícolas foram fundadas pelos norte-americanos que cultivavam e beneficiavam o algodão. Estabeleceram um intenso comércio, notadamente a partir de 1875, com a instalação da Estação de Santa Barbara pela Companhia Paulista de Estrada de Ferro.
Devido à presença constante desses imigrantes, o povoado que foi sendo formado nas imediações da Estação passou a ser conhecido como "Vila dos Americanos", ou "Vila Americana", e deu origem a atual cidade de Americana.
Data dessa época, também, a instalação da fábrica de Tecidos Carioba pelo engenheiro norte-americano Clement Willmot e associados brasileiros, que ficava distante três quilômentos da estação ferroviária. Esta indústria teve realmente um papel muito importante para a fundação e desenvolvimento de Americana.
A educação das crianças era uma das prioridades para as famílias americanas que constituíam escolas nas propriedades e contratavam professores vindos dos EUA. Os métodos de ensino desenvolvido pelos professores americanos revelaram-se tão eficientes que foram posteriormente adotados pelo ensino oficial brasileiro.
Os cultos religiosos eram celebrados nas propriedades por pastores que se deslocavam entre várias propriedades e os vários núcleos de imigração americana. Em 1895 foi fundada a primeira Igreja Presbiteriana no povoado da Estação.
Devido à proibição de se enterrarem pessoas de outros credos nos cemitérios das cidades administradas pela Igreja Católica, os imigrantes americanos começaram a enterrar seus mortos próximo a sede de fazenda. Este cemitério passou a ser conhecido como Cemitério do Campo, atualmente um ponto turístisco da cidade de Santa Bárbara d'Oeste. Até hoje os descendentes das famílias americanas são aí enterrados. É nesse local que se reúnem periodicamente os descendentes para cultos religiosos e festas ao redor da capela fundada no século XIX.

Descendentes famosos
Rita Lee Jones Pérola Byington

Referências
1,0 1,1 BIANCO, Jessyr Americana – Edição Histórica. Americana: Editora Focus, 1975
Prefeitura de Americana

Ligações externas
Fraternidade de Descendência Americana
Prefeitura de Americana
Ondas imigratórias no Brasil
América: Estados Unidos
Ásia: Japão · Oriente Médio
Europa: Alemanha (ES, MG, RO, PR, RS, SC, SP) · Espanha · Finlândia · Itália (MG, RS) · Lituânia · Países Baixos (MG, SP, PR) · Polônia · Portugal · Suíça · República Checa · Ucrânia

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Imigração_estadunidense_no_Brasil"
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Bandeira da ASDECON

Bandeira da ASDECON
ASSOCIAÇÃO DOS DESCENDENTES DE CONFEDERADOS AMERICANOS NA AMAZÔNIA

Brasão da família Vaughan

Brasão da família Vaughan

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ESCLARECIMENTO / EXPLICATION

Esclarecemos que em função de erros cometidos por ocasião das escriturações nos cartórios de Santarém, durante os registros de nascimentos, diversas famílias de origem confederada (Wallace, Hennington, Rhome, Pitts, Riker, Vaughan, Jennings, etc...) tiveram seus nomes escriturados de forma errada.
A família VAUGHAN, por exemplo, assumiu algumas formas diferentes de escrituração: Vaughon, Waughan e Wanghon.
Recentemente alguns descendentes da família VAUGHAN e de outras famílias, com o auxílio de advogados e seguindo as árvores genealógicas, efetuaram as correções devidas nos cartórios locais e passaram a escrever corretamente os seus nomes.
Devido a pronúncia do nome VAUGHAN ser diferente da forma que é escrita, alguns descendentes passaram a adotar a denominação de “Von”, mas tão somente para facilitar o entendimento da leitura, sem alterar a forma de registro.

We clarified that in terms of errors committed during the notary records in Santarém, in the records of births, several families of confederates (Wallace, Hennington, Rhome, Pitts, Riker, Vaughan, Jennings, etc ...) had their names entered in wrong. The family VAUGHAN, for example, took a few different ways to book: Vaughon, Waughan and Wanghon. Recentemente VAUGHAN some descendants of the family and other families with the help of lawyers and following the tree, made the necessary corrections in notary places and began to write their names correctly. Due to the pronunciation of the name VAUGHAN be different from the way it is written, some descendants moved to adopt the name of "Von", but only to facilitate the understanding of reading, without changing the way of record.